terça-feira, 21 de junho de 2011

Resulmo do livro: Chico Mendes
No dia 22 de dezembro de 1988, um tiro de espingarda disparado de tocaia pelo filho de um fazendeiro de Xapuri, no Acre, encerra a vida e a carreira do maior líder sindical e ambientalista da Amazônia, Chico Mendes. Passados pouco mais de dois meses do crime, ja em 1989, um dos mais Tarimbados jornalistas brasilerios, Zuenir Ventura, munido de gravador, caderninho e uma inesgotavel curiosidade profissional, aterrizou no Acre, região da qual até então " só conhecia o mapa ", como ele mesmo confessa.
Voltou mais tarde, em dezembro de 1990, para cobrir o jugtamento dos criminodos, aguardando no mundo todo, e novamente em outubro de 2003, para ver de perto como tinam se resolvido as pontas humanas daquela hostória.
Essa imersão profunda no universo social e pessoal de Chico Mendes rendeu muito mais que uma excelente reportante político-policial, ganhadora do Prêmio Esso de Joenalismo: o que Zuenir faz, com sua prosa direta, quase coloquial, é nos pôr em contato com a intimidade inquientante da floresta enquanto palco de grandes dramas sociais ecológicos e humanos.
Entre o crime e o castigo, passando pelas transformações civilizatórias que as idéias de Chico Mendes alavancando na sociedade acriana, se agitam os variadíssimos personagens desta história real. O político, o pistoleiro, o juiz, o fazendeiro poligâmo, o advogado, as mãe e filhos, o policial do bem, o do mal, o seringueiro destemido, o ladrão de mulheres, tem de tudo por aqui. Às vezes parecem personagens recortados de tragédias gregas, outras vezes lembram figuras do Chico Anysio ou de Guimarães Rosa, segundo comparação do próprio autor.ácio
Como assinala o jornalista Marcos Sá Corrêa, no posfácio, Zuenir Ventura, "sem ter uma linha de insenção, conseguia mostrar todos os lados de uma história que, no fundo tinha um lado só". Como num grande romance de Dostoievski.
Jornalista e escritor, Zuenir Ventura foi professor universitário durante 40 anos e trabalhou como repórter e editor de alguns dos principais jornais e revistas do Rio e de São Paulo. É colunista de "O globo" e do site "NoMínimo". Escreveu, entre outros, os livros 1968: o ano que não terminou (Nova Fronteira, de 1988), Cidade Partida (Companhia das Letras, de 1994), e Inveja: Mal secreto (objetiva, 1988).



Tipologia textual: Narração
Aluna: Thailane Alves 3º "B"