quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ATIVIDADES (2º ANO C)

Língua padrão e variedades lingüísticas: calos na vida do professor de português

Atividades

Leia atenciosamente as questões e responda:
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 Rodrigo veio do sítio para a escola doidinho para aprender e descobrir os segredos que havia no encontro das letras. Leio o diálogo dele com a professora.
— Rodrigo, trouxe os exercícios da semana passada? Perguntou ela, cumprindo a promessa de cobrar.
—Eu truce, mas o di onti eu num consegui...
            Nem acabou a frase e dona Marisa berrou:
— Repita: eu trouxe, mas o de ontem não consegui.
            Rodrigo repetiu certinho, mas tremendo, vermelho e gaguejando. A sala morria de rir. Rodrigo queria morrer, sumir, virar inseto e voar.
—      E por que não conseguiu? — perguntou dona Marisa, furiosa.
—      Tive uns problema e num tinha mi insinassi.
Elias José. Uma escola assim eu quero para mim. São Paulo, FTD, 1993.
Agora responda.
a) A língua reflete as diferenças entre os grupos de falantes. Por que Rodrigo fala diferente da professora?

b) Você acha que Rodrigo deve aprender a falar e a escrever na linguagem culta? Por quê

1.      Por que podemos afirmar que cada falante é ao mesmo tempo usuário e agente modificador de sua língua?
2.      O que é variedade lingüística?
3.      O que determina a variação lingüística?
4.      Por que, no Brasil, há grandes contrates na utilização da Língua Portuguesa?
5.      Qual a sua opinião sobre o preconceito lingüístico?
6.      Você acredita que as pessoas podem aprender mais, enriquecerem mais seu vocabulário se conversarem com outras que possuam a mesma escolha vocabular, as mesmas preferências, a mesma pronúncia e entonação ou se observarem falantes que utilizam a língua de maneira diferente?
 
Leia esta tira, de Maurício de Souza:
(Texto do diálogo que está na tirinha)
—      Toma um leite Zé Lelé?
—      Pru que ocê tá rasgando a manga da camisa?
—      Dizem qui tomá leite cum manga faiz mar!
1.      Nessa tira, Chico Bento conversa com seu amigo Zé Lelé. Observe que eles se comunicam fazendo uso de uma variante lingüística, ou seja, um tipo de português falado em certas regiões do país.
a)      Onde se fala esse tipo de variante lingüística: na zona rural ou nos centros urbanos?

b)      Apesar disso, os brasileiros em geral são capazes de compreender essa conversa?

2.      De acordo com a norma padrão, que aprendemos na escola, como deveríamos escrever as palavras e expressões "pru que", ocê", "tomá", "faiz mar"?
Após um fragmento de Capitães de Areia, encontram as seguintes questões:
1.      No texto, há um diálogo entre Pedro Bala e Dora. Pela linguagem das personagens, identifique a classe social a que pertencem e justifique.

2.      O texto registra um diálogo na linguagem coloquial. Dê exemplos que comprovem essa afirmação.

3.      Escolha um trecho do diálogo e reescreva-o em linguagem padrão ou culta.

Observe como o jornal Notícias Populares, em sua primeira página, fez a chamada para uma notícia sobre um acidente:

Três patetas dão vexame no trânsito
           
O jornal Notícias Populares, como seu próprio nome indica, se destina a atingir um grande número de leitores. Para isso, alguns recursos são utilizados:
• manchetes chamativas;
• utilização farta de fotografias;
• sensacionalismo;
• utilização de uma linguagem simples e direta;
• exploração de fatos policiais e esportivos.
            O texto, no interior do jornal, pode exemplificar melhor as características da linguagem informal.
Três patetas enchem traseira de buso parado
            Três carros bateram na traseira de um buso da viação São Geraldo ontem de madrugada na Marginal Pinheiros.  O ônibus estava parado no canteiro central quando aconteceram as trombadas.
            A trapalhada começou quando Marcelo Zanini perdeu a direção de seu Escort e encheu o buso.  Em seguida, um Kadett tentou desviar e porrou. O último a bater foi um Monza.  Ninguém se feriu.
                                                                                              Notícias Populares... 18 ago. 1994

a.      Liste as gírias usadas no texto. Depois, explique o seu significado.

b.      Reescreva a notícia dirigindo-a a outro tipo de leitor e usando uma linguagem mais form

1.      Leia a piada e responda às perguntas:
Aquele homem humilde, simples, sotaque caipira, foi eleito governador. Um dia, um desses políticos de palácio chega bem perto e surpreende o governador vendo televisão. Faz sua média:
— E aí governador, firme?
— Firme, não. Novela!
 
a)      Qual o código usado entre o político e o governador?

b)      Houve comunicação entre eles? Por quê?

c)      Classifique a linguagem dos dois falantes.
Níveis de linguagem
1.      O convite é um texto de teatro e por isso apresenta muita linguagem coloquial.  Dê alguns exemplos desse tipo de linguagem.

2.      Escreva na linguagem padrão (culta) as seguintes expressões, mantendo o sentido que têm no texto.
"Deixe de ser boba..."
"Se é!'
"E pra quê?
'" Oi, minha velha.
"... né, vó, ...

3) Reescreva os trechos abaixo, que estão em linguagem informal, em uma linguagem formal (padrão) apropriada para textos informativos e científicos.  Para isso, substitua, por exemplo, o verbo ter por haver ou existir; o verbo dar por superar; a palavra beiço por lábios.  Faça outras substituições necessárias para alcançar a formalidade na linguagem exigida pela norma culta na escrita.

a)      Em Natal já teve um negro chamado Preto Limão.

b)      Era um negro inteligente
Por toda parte que andava
Já dizia abertamente
Que nunca achou um cantor
Que lhe desse no repente.

c)      Da forma que vou deixar-te
Não vale a pena viver
Porque teus próprios amigos
Custarão te conhecer
corto-te o beiço de cima
faço sorrir sem querer.
 
3.      De acordo com a norma padrão, que aprendemos na escola, como deveríamos escrever as palavras e expressões "pru que", ocê", "tomá", "faiz mar"?

2.      Escreva na linguagem padrão (culta) as seguintes expressões, mantendo o sentido que têm no texto.
"Deixe de ser boba..."
"Se é!'
"E pra quê?
'" Oi, minha velha.
"... né, vó, ...

Obs: Após as atividades faremos um debate.
Boa Sorte!